Como as emoções na gravidez podem influenciar a personalidade de um bebê? Já pensou nisso?

Como as emoções na gravidez podem influenciar a personalidade de um bebê? Já pensou nisso?

Como as emoções na gravidez podem influenciar a personalidade de um bebê? Já pensou nisso? Sue Gerhardt, sim, e suas pesquisas mostram o impacto profundo das emoções no desenvolvimento infantil.

Você sabia que o processo de gravidez não é só sobre gerar uma vida? Tudo que acontece ao redor da mãe pode afetar o desenvolvimento do cérebro da criança. Além de uma boa alimentação, todas as emoções, sejam elas boas ou ruins, durante a gestação, podem moldar o cérebro do bebê. Sue Gerhardt explica que o bebê já tem uma ideia do que está por vir. Se a mãe não se nutre bem, ela manda sinais para o feto, que começa a se preparar para um mundo onde a nutrição pode ser escassa. Isso pode fazer com que algumas partes do cérebro não se desenvolvam como deveriam.

Por outro lado, quando a mãe está em um ambiente com boa alimentação e carinho, o bebê se prepara para crescer mais saudável. E a questão emocional também conta muito. Se a mãe vive em um lugar estressante, cheia de ansiedade ou medo, o bebê sente isso. Os hormônios do estresse, como o cortisol, podem passar pela placenta e impactar o desenvolvimento emocional do pequeno. Assim, o cérebro do bebê pode se ajustar para um ambiente difícil, prejudicando áreas que ajudam a regular as emoções, como o sistema límbico.

Mas quando a mãe está em um ambiente mais tranquilo, com apoio e amor, o bebê recebe hormônios bons que ajudam o cérebro a crescer e a se desenvolver bem. Segundo Gerhardt, isso é super importante para que o bebê crie um cérebro forte e emocionalmente equilibrado, o que vai fazer toda a diferença em como ele vai reagir ao mundo após nascer.

Nossa Sociedade Está Preparada para Acolher as Gestantes?

É fundamental questionar se a nossa sociedade está realmente preparada para acolher as gestantes, especialmente aquelas de baixa renda. Muitas enfrentam desafios imensos, como a falta de nutrição adequada, a violência doméstica, relacionamentos abusivos e trabalhos exaustivos. Esses fatores não afetam apenas a saúde da mãe, mas impactam diretamente o desenvolvimento do bebê.

Gestantes em situações vulneráveis muitas vezes se sentem desamparadas e sem apoio, o que torna a necessidade de um olhar acolhedor ainda mais urgente. A sociedade precisa reconhecer essas dificuldades e promover um ambiente mais seguro e solidário para essas mulheres. Isso inclui acesso a serviços de saúde, suporte psicológico, recursos alimentares e redes de apoio que possam ajudá-las a superar essas adversidades.

Investir em políticas públicas que priorizem o acolhimento e a humanização do atendimento à saúde das gestantes é essencial. Precisamos olhar com empatia e responsabilidade para esse público sensível, garantindo que todas as mães tenham o suporte necessário para viver uma gravidez saudável e digna.

No Brasil, existem iniciativas governamentais que buscam acolher gestantes. A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM) é um grande plano que assegura cuidados completos durante a gravidez, no parto e após o nascimento, sempre com foco em um atendimento humano e no respeito aos direitos das mulheres. O Sistema Único de Saúde (SUS) também desempenha um papel importante, oferecendo serviços gratuitos, como pré-natal e consultas médicas, com o objetivo de promover uma relação acolhedora entre gestantes e profissionais de saúde.

Outro programa significativo é o Criança Feliz, que se concentra no desenvolvimento infantil e acompanha gestantes e mães de bebês até 3 anos, proporcionando visitas domiciliares e orientações sobre cuidados e educação. A Rede de Atenção à Saúde da Mulher conecta diferentes serviços para garantir que as gestantes tenham acesso a tudo que precisam, incluindo apoio psicológico e social.

Além disso, as políticas de combate à violência contra a mulher, embora não sejam específicas para gestantes, ajudam a proteger mulheres em situações de violência, oferecendo abrigo e assistência jurídica. Programas de educação em saúde também são cruciais para informar as gestantes sobre a importância do pré-natal, da alimentação saudável e dos cuidados durante a gravidez, criando um ambiente acolhedor e empoderador.

Portanto, devemos acolher e ajudar a criar um ambiente favorável para essas mães, garantindo que tanto elas quanto seus bebês tenham um espaço seguro. Mesmo diante das dificuldades que nossa sociedade enfrenta, é essencial que tenhamos um olhar sensível e amoroso, levando conhecimento e suporte a milhares de mulheres.

Será que todas as mulheres têm acesso igualitário a esses recursos e políticas de apoio durante a gestação? Deixo essa pergunta para refletirmos.

Referências: